|Resenha| O Caminho Para Woodbury

Título Original: Road to Woodbury
Autores: Robert Kirkman e Jay Bonansinga
Editora: Record
Nº de Páginas: 336
 Há alguns meses que Philip Blake, o temido e ao mesmo tempo adorado Governador, organizou Woodbury para que a cidade murada fosse um local seguro no qual as pessoas pudessem viver em paz em meio ao apocalipse zumbi. E paz e segurança é tudo que Lilly Caul, que tenta desesperadamente sobreviver a cada dia que nasce, quer. Porém, mal sabe ela que seguir em direção a Woodbury é estar a um passo do perigo. Uma horda de errantes famintos não é nada perto do que se pode encontrar por lá.


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 Nada melhor do que comemorar o halloween com um livro de zumbis *-*
 Em O Caminho Para Woodbury (segundo livro da trilogia do governador), conhecemos Lilly, uma garota completamente sensível que tenta se acostumar ao caos do novo mundo após o apocalipse zumbi. Ela ainda tenta superar a morte do pai e o fato de estar sozinha em meio a estranhos em um acampamento de sobreviventes.
 Após um acontecimento chocante no acampamento, Lilly se vê obrigada a partir com alguns amigos em busca de algo melhor. Esses amigos são Josh, o grandalhão (e seu melhor amigo), Morgan (um ex-médico do exército que vive bêbado) e o casal drogado Megan e Scott. Agora são apenas os cinco desprotegidos em um mundo perdido.
 Depois de dias lutando por sua sobrevivência, eles finalmente encontram Woodbury, a cidade liderada pelo Governador (que já apareceu no primeiro livro da trilogia). Eles conseguem abrigo, comida e segurança, tudo o que desejavam. Mas depois de alguns dias, percebem que tudo estava bom demais para ser verdade.
 Certa de que precisa sair desse lugar doentio, Lilly até tenta organizar uma rebelião, mas ela não esperava que o Governador fosse tão poderoso... Nem tão cruel. E aí que o clímax acontece.

 Gostei de ver a evolução da protagonista ao longo da história. Lilly começa como uma garota sensível e amedrontada, e termina como uma guerreira super corajosa. Josh teve muito a ver com isso, sempre estando lá pra ela e mostrando que ser corajosa nesse novo mundo é uma questão de necessidade.
 O medo envenena seu sono, nubla seus pensamentos, pressiona seu coração. O medo a obriga a fazer coisas.
 Uma das coisas que eu mais gosto em The Walking Dead (tanto na série quanto nos livros) é que ela não se baseia no apocalipse zumbi em si, mas sim nas relações entre as pessoas, em como uma situação como essa as afeta psicologicamente e como outras tentam tirar proveito disso, o que pode acontecer hoje de verdade, não é preciso o mundo ser atacado por zumbis para que coisas assim aconteçam. É muito legal.

 Não vou mentir, o livro é cansativo. A escrita é bem densa e extremamente descritiva, principalmente na questão do zumbis, eu até me senti enjoada algumas vezes. Também tem cenas de sexo, palavrões e outras coisas que me fariam recomendá-lo para pessoas maiores ou acostumadas com essa linguagem. Também não acho que a leitura dos livros seja necessária para quem acompanha a série, eles são apenas um complemento, mas não indispensáveis.
 Mais tarde, sentam ao redor do fogão a lenha, fumam os charutos caseiros de Josh e compartilham um pouco do estoque de uísque de Bob. Pela primeira vez desde que saíram da cidade de tendas – talvez desde o advento da praga – eles se sentem quase normais. Falam em escapar. Falam de ilhas desertas, antídotos e vacinas, e em reencontrar a felicidade e a estabilidade. Eles falam sobre as coisas às quais não davam valor antes da praga começar: fazer compras em supermercados, se divertir em parques, sair para jantar, assistir a programas de TV, ler o jornal nas manhãs de domingo, ir a shows de música ao vivo, se sentar no Starbucks, fazer compras nas lojas da Apple, usar o Wi-Fi e receber cartas por aquela coisa anacrônica chamada correio.
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