Resenha: Um Homem de Sorte


Título Original: The Lucky One
Autor: Nicholas Sparks
Nº de Páginas: 349

Editora: Novo Conceito

Classificação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
Encontre o livro: Skoob | Saraiva | Pocket





“Mas não estava em outra época e lugar, e nada daquilo era normal. Trazia a fotografia dela consigo há mais de cinco anos. Atravessou o país por ela.” 
“Era estranho pensar nas reviravoltas que a vida de um homem pode dar. Até um ano atrás, Thibault teria pulado de alegria diante da oportunidade  de passar um fim de semana ao lado de Amy e suas amigas. Provavelmente, era exatamente isso de que precisava, mas quando elas o deixaram na entrada da cidade de Hampton, com o calor da tarde de agosto em seu ápice, ele acenou para elas, sentindo-se estranhamente aliviado. Colocar uma carapuça de normalidade havia-o deixado exausto. 
 Depois de sair do Colorado, há cinco meses, ele não havia passado mais do que algumas horas sozinho com alguém por livre e espontânea vontade. (...) Imaginava ter caminhado mais de 30 quilômetros por dia, embora não tivesse feito um registro formal do tempo e das distâncias percorridas. Esse não era o objetivo da viagem. Imaginava que algumas pessoas acreditavam que ele viajava para esquecer as lembranças do mundo que havia deixado para trás, o que dava à viagem uma conotação poética. prazer de caminhar. Estavam todos errados. Ele gostava de caminhar e tinha um destino para chegar. Simples assim. Gostava de partir quando sentia vontade, no seu próprio ritmo, para o lugar que quisesse. Depois de passar anos cumprindo ordens no corpo de fuzileiros navais, a liberdade o atraía.
 Até ter encontrado a fotografia, a vida de Thibault seguia como há muito havia planejado. Sempre tinha um plano. "

 Duas palavras: Nicholas Sparks. Já viram que esse é um daqueles livros pra se emocionar, não? Ele vem com mais uma história que nos prende do começo ao fim, como sempre, de sua forma romântica, divertida a muitas vezes trágica. Nesse livro não foi diferente, alguns aspectos até me lembraram Querido John, mas Um Homem De Sorte se tornou meu livro favorito do autor, por vários motivos.
  Logan Thibault não tem nada que o prenda a lugar nenhum, desde que criança tem esse espírito de liberdade. E depois de muitas decisões erradas, decide servir ao exército, seguindo os passos de seu pai. A guerra é cruel e Thibault perde vários amigos, e dá de cara com a morte várias vezes. Mas um dia, sem explicação nenhuma, ele encontra uma foto. E é aí que sua vida muda.
 Logan começa a ter uma sorte incrível escapando da morte por pouco, segundo ele, graças a foto. E é por isso que quando a guerra termina e ele sai intacto, ele decide procurar pela garota que salvou sua vida graças a uma simples fotografia.
 E depois de cinco longos anos de procura, ele encontra a adorável Elizabeth. Mas não é tão fácil. Vários obstáculos ainda parecem querer separá-los, como o ex-marido possessivo em relação à ela. O medo de Thibault de contar a verdade. O medo de Beth em se relacionar novamente com alguém.
 Os dois vão se aproximando pouco a pouco, quando Thibault vai trabalhar com a avó de Beth, a fofa da Nana, que, junto com o filho de Beth, Ben, dão o maior a apoio ao casal
 E então, depois de perceberem que possuem muito em comum, eles decidem ficar juntos.
 Mas é claro que não seria Nicholas Sparks se não houvesse emoção, certo? Então é claro que vai aparecer algo para separá-los, para ameaçá-los e todas aquelas reviravoltas que a gente já conhece.
  É incrível como os fatos vão se ligando para montar a história, como um quebra cabeça, sabe? Uma mistura entre o passado e o presente de Logan nos fazem ter visões diferentes de sua história e do que o levou a fazer a loucura de atravessar o país a pé apenas por uma foto. O romance dos dois foi um dos mais intensos que eu vi na história dos livros de Nicholas Sparks.
 Quando o livro está chegando naquele clímax, naquela emoção, as coisas começam a acotnecer muito rápido e depois ele acaba de uma forma surpreendente, tão surpreendente que me deixou confusa e que me fez ler o epílogo duas vezes para ter certeza se tinha entendido. E acabei o livro com gosto de quero mais, e chorando horrores, como é de costume.
 A narrativa, em terceira pessoa, é gostosa, descontraída, e nos faz querer ler mais e mais.
 É uma ótima opção pra quem quer curtir, se apaixonar e chorar um pouquinho nas férias.