Resenha: Wake - Despertar

Título Original: Wake
Autora: Lisa McMann
Editora: Novo Século
Nº de Páginas: 208
Classificação: ★ ★ ★ ★
Série: Wake #1
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Para Janie, uma garota de 17 anos, ser sugada para dentro dos sonhos de outras pessoas está se tornando normal. Janie não pode contar a ninguém sobre o que acontece com ela - eles nunca acreditariam, ou pior, achariam que é uma aberração. Então, ela vive no limite, amaldiçoada com uma habilidade que não quer e não pode controlar. Mas, de repente, Janie acaba presa dentro de um pesadelo horrível, que lhe causa um imenso terror. Pela primeira vez, ela deixa de ser expectadora e se torna uma participante... "Um romance lírico, cujas imagens permanecem com você, muito tempo depois de virada a última página, como o mais memorável dos sonhos." Cassandra Clare 

 Wake é um livro que na minha humilde opinião de blogueira, tinha tudo para dar certo. História bem intrigante, personagens envolventes e bem desenvolvidos, mas nem tudo é perfeito.
 Janie Hannagan não é um adolescente normal em nenhum sentido. Ela mora com a mãe depressiva que quase nunca sai do quarto, a não ser para beber, não conhece o próprio pai, é isolada e humilhada pelas garotas ricas na escola e ainda tem que lidar com seu "dom" (ou seria uma maldição?) de ir involuntariamente para os sonhos de pessoas que estão dormindo perto dela, e isso é terrível, pois ela acaba descobrindo segredos, medos e pesadelos de pessoas que não gostaria de saber.
 Ao contrário do que muita gente faria e apesar de todos esses problemas, até que se dá muito bem, tentando levar uma vida normal estudando, trabalhando em uma clínica e se divertindo com sua melhor amiga Carrie, que também não desconfia de nada.
 A história do livro começa a mudar quando Janie se aproxima do fofíssimo misterioso Cabel Strumheller, que foi meu personagem favorito do livro todo. Ele tem de tudo um pouco, um pouco de bad boy, um pouco de garoto romântico, um pouco de frágil, um pouco de um passado sombrio... O que mais gostei é que quando ele aparece nas primeiras vezes na história, imaginamos que seja de um jeito, mas a partir do momento em que Janie mergulha em seus sonhos, descobrimos um Cabel completamente diferente. Janie e eu também se apaixona cada vez mais, a medida que descobre que ele não é nada parecido com o que as pessoas dizem.


"Ela procura algo em seu bolso e encontra uma nota de 10 dólares.
- Pelo café da manhã - ela fala.
Ele balança a cabeça em sinal de recusa, e empurra a nota.
- Deixe-me pensar que este foi nosso primeiro encontro, tá?
Ela olha para ele por um tempinho. Sente um frio na barriga."
 Pág. 75


 Uma coisa que eu não gostei foi o fato de a história ser muito datada. A cada parágrafo temos uma data e horário diferente e às vezes, até algumas datas de muito tempo atrás, para mostrar como os problemas de Janie começaram, isso acaba deixando a narrativa confusa, ainda mais para pessoas como eu, que são péssimas para guardarem datas e horários.
 Aliás, esse não foi o único pecado da autora, dá pra ver que em vários pontos ela se perde no decorrer da história, quer falar algo mas se confunde e nos deixa mais confusos. A narrativa em terceira pessoa no presente também não foi uma escolha muito sábia, acho que ficaria mais legal se fosse em primeira pessoa, faria mais sentido, também. Isso tudo fora as muitas frases curtas e diálogos.
 É por isso que eu volto a dizer que Wake tem enredo e personagens que têm tudo pra dar certo, só não é a história perfeita por causa da autora mesmo.
 Eu queria muito ler esse livro já faz um bom tempo, e agora acho que foi uma das decepções do ano. Apesar de tudo, o final é bem envolvente, não surpreendente, mas te deixa com vontade de saber o que acontece em seguida.
 Dizem que os dois últimos livros da trilogia são melhores. Agora é esperar para ver.