|Resenha| Liberta-Me

Título Original: Unravel Me
Autora: Tahereh Mafi
Nº de Páginas: 448
Editora: Novo Conceito
 Liberta-me é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro, Estilhaça-me, importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento, em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do coração da heroína, Juliette.  Abandonada à própria sorte, impossibilitada de tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo e o amor. 

Encontre o Livro: Skoob | Saraiva

 Vocês estão cansados de me ouvirem falar de Estilhaça-Me, que foi minha leitura favorita do ano passado, então entendem como eu estava ansiosa pela continuação dessa trilogia incrível da autora Tahereh Mafi. Vamos ver o que achei?

 Liberta-Me começa exatamente duas semanas depois do fim do anterior, e Juliette parece estar mais confusa do que nunca. Ela deveria estar feliz por estar segura, mas algo continua a atormentando. Seu poder cada vez mais forte, e seu relacionamento com Adam, cada vez mais complicado. Além de tudo, a guerra inevitável contra o Restabelecimento se aproxima .
 Estamos nos preparando para uma guerra sangrenta.
 Por isso estou treinando. Por isso todos nós estamos tentando nos preparar para derrotar Warner e seus homens. Para ganhar uma batalha por vez. [...] E eu concordei em lutar. Em ser uma guerreira. Em usar meus poderes em contradição com meu bom senso.
 Pág. 11
  Em algumas partes, eu fiquei muito brava com a Juliette em com suas atitudes um pouco infantis. Mas a autora colocou isso de um jeito tão justificável, na situação em que ela estava. Ela e Adam agora precisam entender o que acontece com os dois e porque só ele pode tocá-la (aparentemente).
 E aí temos o Warner...
  Ele é o tipo de garoto que só foi ensinado a ser um homem, que foi orientado a apagar o conceito de infância das suas expectativas de vida. Seus lábios não ousam sorrir, sua testa não se franze com preocupações. Ele foi ensinado a esconder as emoções, esconder os pensamentos do mundo e não confiar em nada nem ninguém.
 Porém, ele parece diferente para mim.
 Pág. 224
 Eu ADOREI esse destaque que a autora deu para o Warner, para o seus sentimentos, seu passado. Como eu disse na resenha de Destrua-Me, até então não conhecíamos muito dele. Era apenas um vilão e ponto. Mas agora, o vejo de forma completamente diferente. E estou mais dividida entre os dois do que nunca. Sei que muita gente não gostou dessa parte do triângulo amoroso, mas eu adorei.

 Tahereh Mafi continua com sua escrita única. Confesso que no começo fiquei um pouco decepcionada com o ritmo do livro, estava meio parado perto do anterior. Mas consegui entender que algumas coisas precisavam ser explicadas e logo o ritmo antigo voltaria para nos deixar sem fôlego. Cenas quentes, românticas, dramáticas, de ação, de te fazer chorar, e acima de tudo, intensas.

 Quando foi chegando o final, fiquei louca esperando o que poderia acontecer, e claro que a autora nos surpreendeu mais uma vez, como era de se esperar. E agora só nos resta aquele gostinho de quero-mais.

 Sobre a edição brasileira, acho que a editora Novo Conceito poderia ter tido um pouquinho mais de cuidado. A revisão está mal feita (com palavras erradas e pontuação faltando), e a capa não é nada bonita. Entendo eles quererem manter o padrão da primeira capa, mas não funcionou. Fazer o que...

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