|Resenha| O Teorema Katherine

Título Original: An Abundance of Katherines
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Nº de Páginas: 302

 Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.

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 Depois de ler A Culpa é das Estrelas (que eu amei) e ver que esse livro tratava de um assunto completamente diferente, fiquei com medo de o autor me decepcionar. Porém, mais uma vez, John Green conseguiu me surpreender.
 O Teorema Katherine conta a história de Colin, um garoto prodígio que desde sempre foi considerado um gênio, e desde sempre teve uma queda por garotas chamadas Katherine. E por incrível que pareça, todas essas garotas terminaram com ele por motivos sem sentido.
 Um dia após sua formatura, a Katherine de número 19 termina com Colin, e isso é o fim pra ele

 Incentivado por Hassan, seu melhor amigo árabe louco, os dois caem na estrada sem rumo com apenas um objetivo: criar um teorema que prevê quando um relacionamento acabará, antes mesmo de começar.

 -A ideia é você pegar duas pessoas e determinar se são Terminantes ou Terminados. Você usa uma escala que vai de -5, para um Terminado inveterado,e +5, para um Terminante inveterado. A diferença entre esses números nos dá uma variável, T, e aí, ao inserir a variável T na fórmula, obtemos um gráfico que prevê o relacionamento.
 Pág. 144
 Por obra do destino, os dois acabam em Gutshot (lê-se fim do mundo), procurando pelo túmulo do Arquiduque Ferdinando. Lá eles conhecem caipiras bem legais, como Lindsey Lee Wells, linda, inteligente e irônica, e sua mãe maluca, Hollis, dona da fábrica que movimenta a minúscula cidade. Os garotos logo tem um novo lugar pra ficar e a oportunidade de conhecer várias histórias, diferente de tudo o que tinham visto na cidade grande.

  Qual o sentido de estar vivo se você nem ao menos tenta fazer algo extraordinário? Que estranho acreditar que um Deus lhe deu a vida e, ao mesmo tempo, achar que a vida não espera de você nada mais que ficar vendo TV.
 Mas, pensando bem, alguém que acabou de cair na estrada para fugir das lembranças de sua décima nona Katherine, e que está se arrastando pelo centro-sul do Tennessee a caminho do túmulo de um falecido arquiduque austro-húngaro, talvez não tenha o direito de sair por aí achando nada estranho.
 Pág. 46

 John Green continua com a mesma escrita leve e envolvente, que não te faz querer largar o livro por um minuto. O que mais me chamou a atenção foi o humor inteligente que o autor usou. Por Colin ser um gênio, ele cita vários assuntos como latim, matemática, história... Também vemos muito sobre a cultura árabe, por causa de Hassan. E todas essas curiosidades de temas diferentes e que seriam muito chatos na escola, aparecem de um jeito bem divertido.
 As notas de rodapé também são muito legais, me fizeram dar altas risadas.

 Os personagens são completamente apaixonantes. Ri muito com o Hassan e seu jeito não-to-nem-aí, Colin e sua mania de pensar demais, Lindsey e seu jeito meigo e rebelde ao mesmo tempo.

 Amei essa capa que a Intrínseca escolheu, ela é simples, mas ao mesmo tempo tem tudo a ver com a história e é linda! A diagramação também está muito bem feita.

 Leitura mais que recomendada!

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