|Resenha| A Outra Vida

Título Original: The Other Life
Autora: Susanne Winnacker
Nº de Páginas: 270
Editora: Novo Conceito
 O mundo de Sherry — de uma hora para outra — mudou completamente. Por causa de um vírus muito contagioso,  quase todas as pessoas de sua cidade, Los Angeles, na Califórnia, se transformaram em mutantes assustadores. Esses mutantes têm uma força excessiva, são ágeis, o corpo é coberto de pelos, eles lacrimejam um líquido imundo e… comem gente! Portanto, não há muito o que fazer — talvez tentar fugir — quando se encontra algum deles. A não ser que você tenha ao seu lado a força e a determinação de um jovem como Joshua. Joshua perdeu uma irmã para os mutantes e sua raiva é tão grande que ele seria capaz de vingar todos aqueles que perderam alguém para as criaturas. No entanto, para que esta revanche aconteça, é preciso prudência. Afinal, até que ponto a disseminação deste vírus foi uma coisa realmente natural? Que poderosos interesses estão por trás desta devastação? E será que Joshua e Sherry conseguirão ter a cautela necessária para lutar contra as criaturas justo agora que seus corações estão agitados pelo começo de uma paixão?

Encontre o Livro: Skoob | Saraiva | Submarino

 A Outra Vida me chamou atenção logo de cara por se tratar de uma história de zumbis (♥). Nele conhecemos Sherry, uma adolescente de 15 anos que acaba de completar três anos, um mês, uma semana e seis dias trancada em um abrigo com sua família, após uma ordem do governo, sem saber de nada do que acontece do lado de fora. Depois de tanto tempo, porém, a comida acaba, e não há solução a não ser sair à procura de alimento, mesmo quebrando todas as regras.
 O problema é que quando Sherry e seu pai saem do abrigo, encontram uma cidade devastada por bombas e completamente deserta, um verdadeiro caos. Chegando ao supermercado (onde não sobrou quase nada) eles são atacados por um grupo de feras desconhecidas, e no meio do ataque, o pai de Sherry desaparece. Esse poderia ser o fim, se ela não fosse salva por um garoto desconhecido, que a leva com ele e explica tudo o que está acontecendo. Agora ela precisa absorver a ideia de que o mundo que conhecia já não existe mais, resgatar sua família e procurar seu pai.
Calafrios percorreram minha espinha quando pensei no dia seguinte. Iríamos resgatar minha família do abrigo. Procuraríamos papai e o salvaríamos dos Chorões. Então, tudo ficaria bem. Fechei os olhos, mas as imagens de rostos rosnando com olhos cheios de lágrimas e pele retalhada não saíam de minha cabeça.
 Pág. 89
 Sherry é uma garota normal que teve sua vida totalmente abalada depois de ser trancada, por isso ela é muito sensível e totalmente despreparada para essa nova vida cheia de perigos, e isso a faz ser meio medrosa e infantil as vezes, o que é compreensível. Já o Joshua é o típico herói corajoso com seus próprios medos e dramas, como o trauma por ter perdido a irmã para os Chorões.
 Outros personagens também aparecem no decorrer da história e se fazem importantes, como Karen, a enfermeira, Bobby, o irmão de Sherry e outros.

 Também gostei do questionamento que nasce sobre a origem da epidemia, será apenas algo natural, um experimento que deu errado ou um golpe do governo para controlar a população?

 Os "zumbis" criador por Susanne Winnacker são bem diferentes dos que estamos acostumados. Eles são chamados de Chorões, por terem os olhos sempre lacrimejando, também são muito rápidos, podem ter o corpo coberto de pelos e aparecem raramente na luz do sol. Ou seja, a única semelhança entre eles e zumbis é o fato de comerem pessoas.
Gostei da escrita da autora, é bem fluida e leve, um livro que você pode ler rapidinho. A única coisa ruim é que suas descrições não são das melhores, e algumas vezes fiquei confusa em relação à aparência dos Chorões.
 Apesar de ter gostado do livro, ele não me conquistou, talvez porque eu seja tão louca por zumbis que seja crítica demais quando se trata de uma história com o tema... Mas é claro que sempre vale a pena ler e tirar suas próprias conclusões.
 O segundo volume da série já saiu nos Estados Unidos, mas ainda não tem previsão de lançamentos por aqui.

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