|Resenha| Procura-se Um Marido

Autora: Carina Rissi
Nº de Páginas: 474
Editora: Verus
 Alicia sabe curtir a vida. Já viajou o mundo, é inconsequente, adora uma balada e é louca pelo avô, um rico empresário, dono de um patrimônio incalculável e sua única família. Após a morte do avô, ela vê sua vida ruir com a abertura do testamento. Vô Narciso a excluiu da herança, alegando que a neta não tem maturidade suficiente para assumir seu império – a não ser, é claro, que esteja devidamente casada. Alicia se recusa a casar, está muito bem solteira e assim pretende permanecer. Então, decide burlar o testamento com um plano maluco e audacioso, colocando um anúncio no jornal em busca de um marido de aluguel. Diversos candidatos respondem ao anúncio, mas apenas um deles será capaz de fazer o coração de Alicia bater mais rápido, transformando sua vida de maneiras que ela jamais imaginou. Cheio de humor, aventura, paixão e emoções intensas, Procura-se um marido vai fisgar você até a última linha.

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 Pensa em um livro com cara de férias. Se era isso que você estava procurando, para AGORA e leia essa resenha.
 Procura-se Um Marido é um chick-lit (e o melhor NACIONAL *-*). Nele conhecemos Alicia, uma mulher jovem, que só quer curtir a vida, viajar o mundo e arrumar confusão nas melhores baladas. Por ter perdido os pais muito cedo, ela foi criada pelo avô, que é tudo pra ela e que a ama apesar de todas as coisas que faz. E então, ele morre.

 Encarei as flores com raiva. Detestava orquídeas desde criança. Havia centenas delas no enterro de meus pais. E havia milhares delas no enterro de vô Narciso. Flor da morte. Eu detestava a morte. Eu não deveria odiá-la tanto agora, já que não sobrara mais ninguém. Todos estavam mortos. Perdi meus pais para um terrorista e vovô para uma doença estúpida. Eu não tinha o que temer, não é?
 Pág. 20

 E como se tudo não pudesse piorar, Alicia ainda descobre que não terá direito a herança do avô, nem a sua casa enquanto não se casar. Acostumada com a vida boa, ela fica desesperada com a possibilidade de ficar pobre, sem suas viagens, seu porshe e ainda tendo que trabalhar como secretária. Apesar de tudo isso, ela nem pensa em casamento. Odeia esse tipo de coisa melosa, gosta de ser livre.
 Então ela tem a ideia "genial" de colocar um anúncio no jornal procurando por um marido de aluguel, mas essa ideia logo se mostra não tão genial quando os candidatos começam a aparecer. Um pior que o outro...
 Sua salvação acaba sendo Max, seu inimigo do emprego que parece sempre ter algo sarcástico e rude para dizer a ela.

 Alicia é louca (como a maioria das personagens de chick-lits). Quer viver tudo no limite, sentir as emoções à flor da pele. Também sempre procura levar seus problemas com bom humor e não descansa até conseguir o que quer. Ela também dá muito valor a família e amigos e isso a fez se tornar uma das minhas personagens favoritas. Sua relação com seu avô é uma coisa tão forte, tão bonita, que mesmo morto ele aparece praticamente o livro inteiro.
 Max também me conquistou com o jeito estúpido no começo, mas protetor, romântico e amigo para todas as horas quando o conhecemos melhor. Meu novo amor literário.
 Também temos a Mari (melhor amiga da Alicia), Marcus (irmão do Max) e tantos outros personagens apaixonantes, que se eu for falar um por um, essa resenha fica gigantesca.

 Enfim. Procura-se um Marido é leve, cheio de humor e romance na medida certa. Com personagens, história e narrativa incrível, já se tornou um dos favoritos do ano e só me deu mais orgulho dos autores nacionais.

 Fiquei um pouco irritada. Não era assim que acontecia no cinema. Nem nos livros! Cadê a parte em que o cara sexy olha para a mocinha e um momento mágico acontece? Onde estava a música melosa de fundo, que embalaria o final da cena, em que o cara diria: "Me desculpe, você está bem?", e eu responderia, um pouco tímida [...] "A culpa foi toda minha. Eu devia ter prestado mais atenção". Então ele sorriria, e ficaria ali, me encarando com as pupilas dilatadas, como se o restante do mundo houvesse desaparecido, e só se daria conta de que não estávamos a sós no planeta quando alguém passasse por ali e esbarrasse em seu ombro. Cadê isso tudo? Não que eu quisesse ter um tórrido romance ou algo do gênero, mas, se era para protagonizar uma cena tão manjada e cafona quanto aquela, eu queria o pacote completo.
 Pensando bem, não queria, não.
 E na verdade o cara nem era sexy.
 Pág. 34

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